segunda-feira, 4 de junho de 2012

Quem.



Não amo muita gente. Verdade.
Adoro alguns, gosto de muitos, simpatizo com a maioria.
Mas amor?
Amor é algo difícil de acontecer. E é justo que assim seja.
O verdadeiro “amar” só é verbo por uma insuficiência linguística. Pelo lado humano da coisa.

Somos falhos, então é aí que o amor se viabiliza.

Amor não deve ser substantivo nem verbo.
Deve ser uma figura infinita-superlativa.
Deve ser inquestionável.
E sabe mais o que o amor deve?
Ele não deve nada pra ninguém.

Amor é coisa prepotente, gente.
É o que conquista tudo.
Ah, e está pouco se fudendo se isso hoje é chamado de clichê ou brega.

Amor é como um diamante: Algo difícil de se riscar ou atingir.

Amores podem ser estragados, fato, mas nunca apagados. Conjugar “amar” no passado é prova de uma coisa:
Não se tratava do amor.
Rapá, essa bagaça é o contrato da alma.


Olha, o amor pode até se transformar em ódio.
Mas da mesma forma que frio é ausência de calor, o ódio é a só uma gradação negativa de amor. Logo, tome cuidado com quem você odeia. Isso consome sua capacidade de amar outra pessoa por aí.

Para ser amor precisa de um alvo.

Eu tenho alguém a quem amo.

Quem eu amo sabe que eu não sou perfeito.
Sabe  disso pelo o que eu digo, pelo o que eu mostro e
pelo que ela mesma vai percebendo com o tempo.


Amar é estranhamente ver que tudo—tudo mesmo—no mundo pode ser colocado como um bom coadjuvante dessa história com uma pessoa.

Se você ama, parece que os filmes gringos fazem algum sentido quando martelam aquela frase:  “tudo vai ficar bem”.

E é real.
Por pior que tudo possa ficar, tudo ficará bem porque ela fica ao meu lado.

E é só isso.


Quem eu amo faz questão de conhecer tudo sobre mim. É aquela pessoa que estranhamente consegue saborear alguns de seus defeitos. É como quem come a fruta mais amarga e tem a ideia para usá-la em uma sobremesa deliciosa.

Quem eu amo consegue me acalmar perante o tempo, perante a juventude, perante amigos, inimigos e até me acalma perante o dinheiro, aquele tão inimigo do amor.

Com essa calma, eu percebo que o principal na vida—que é o que você vai descobrir o que é no dia da sua morte—é essa parada mesmo. É encontrar alguém que se ame de verdade.

E olha, o amor pode ou não ser romântico. O amor pode vir em vários formatos, mas seu conteúdo não muda.

Quem eu amo apareceu em um formato muito parecido com algo que estava longe de ser amor.

Então feche os olhos. Imagine agora tendo tudo que você sempre quis e se sentir essa certeza vai ver que a única coisa que vai querer é amor na vida.

Agora imagine outra coisa. Você perdendo tudo nessa vida. Sem nada. Sem carro. Sem dinheiro. Sem casa. 
Sem nada. 


Bizarramente, vai ver que nem percebia, mas tem muita gente que comprova que com amor você ainda consegue seguir em frente.


Por que?


Porque sabe que pelo menos o mais importante na vida já tem.

Eu amo ela.  Quem é?

Olha, até para dizer quem é ela tem algo específico só pelo fato de ser amor. Amor é como um bilhete de loteria:

Quem ganha sempre sabe. E ela não é diferente. ;)

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