terça-feira, 23 de outubro de 2007

A vingança em algodão.

Uma coisa que me incomoda diariamente é como se tornou difícil a tarefa de me vestir. Nunca fui muito incomodado com isso, meus amigos que o digam, sabendo que muitas vezes repito implacavelmente uma peça, ou como chamo de "cachorro" o meu jeans, que é usado até a exaustão têxtil.

Mas as roupas são primas da balança, amigos. Elas são objetos cruéis quando o assunto é ganho ou perda de peso. E as minhas, já andam brigadas, ameaçando se tornar ex-namoradas da forma que possuo.

Avaliei recentemente o meu peso na balança. São 15kg acima da estratosfera. Mas isso se multiplica por dez quando eu vejo quantas peças me são proibidas. A minha urgência nesta área nasceu de uma camiseta verde que uma bela companhia escolheu comigo, um coringão que aceitou até 10 kg acima do desejado, mas agora demonstrou que eu fui muito longe. Me senti tentado a dizer : "Até tú, Brutus?"

É hora de reagrupar, ou melhor: matar os soldados adiposos extras. Como uma empresa diz ser o desejável, é hora de "enxugar'. Caso contrário, corro o risco de um motim de peças de algodão, linho e poliéster, que deixarão as suas diferenças tribais para me deixarem ou pior, me matarem à golpes de cabide, finalizando tudo em uma forca improvisada com uma arara e meias amarradas.

Um ponto positivo: Os casacos ainda se mostram firmes e fortes. Só preciso de uma aliança com os shorts e camisetas surradas para malhar, aí sim, minha vitória poderá se concretizar nesta guerra P/M/G.

5 comentários:

DiegoFerrite disse...

Huahua, qd li o título imaginei já um morto com algodões nos buracos do nariz e orelhas. Porém, gostei da guerra santa declarada contra as roupas, calças com "cortes" um tanto quanto injusto e cavalo curto, assim como camisetas P's disfarçadas de M's. Realmente este vestuário não nos favorece.

Bela idéia fugir um pouco da guerra contra os quindins e bombas de chocolate. Parabéns pelo post!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Não há mesmo nada que se possa fazer:
Padrões sociais nos vitimizam, estigmatizam e determinam comportamentos.
E acredite: sei como é se sentir "à margem". Essa guerra me é familiar, por mais que pragmatize contra ela.
O resultado da sua missão será belíssimo: não tenha dúvidas... (já o é de qualquer maneira).
O que não se pode, de jeito nenhum é ser um Zi etiquetado: "P" ou "M" ou "G"...
Afinal... o Zi é um universo...
Deixe os tamanhos limitarem-se às roupas! Sempre! Pois, mesmo que elas estejam nas variações de "G's", vestirão um HOMEM - de verdade - como poucos!
Sucrèe

Rafael disse...

Zilar

DO CARALHO! Sério mesmo!

Abs

Rafa

Unknown disse...

André!

Consigo ter uma visão mental, quase real, dessa guerra entre você, suas peças de roupas e os cabides... hahahaha

Posso apostar que a maioria dos mortais têm que lutar assim diariamente... mas não da mesma forma poética.